quarta-feira, 18 de junho de 2008

Diários de Bicicleta - Capítulo 3


Confirmado! Agora a coisa não tem mais volta. Passagem comprada, tudo preparado. Depois de muita dúvida, finalmente eu consegui tomar o impulso necessário para pular da ponte. Ainda estou correndo sobre ela, como um avião pegando embalo na pista de decolagem, mas não posso mais parar. Daqui onde estou só existe um destino. E esse é o ar. Voar...

Enquanto me vejo dando rumos completamente incertos para minha vida, assisto meus amigos e companheiros estabelecendo as suas. Alguns casaram. Outros tiveram filhos. Uns poucos já arrumaram um bom emprego para se sustentarem. Muitos tentam abrir espaço para realizar seus projetos profissionais, para descobrir suas vocações, ou apenas para ter como sobreviver. Mas seja como for, todos constroem uma base para seus futuros, um chão para sustentá-los. Vendo isso acontecendo ao meu lado, eu tomo o rumo oposto. Tiro debaixo de mim o chão que me sustentava. Pego tudo o que eu tinha como base e arrisco em uma aposta.

Mesmo indo contra a corrente, ainda existem músicas que falam do que vivo. Não sei no que vai dar, mas pelo menos ainda posso cantar...

Caminhando contra o vento
Sem lenço, sem documento
Nada no bolso ou nas mãos
Eu quero seguir vivendo
Amor...
Eu vou!
Por que não?
Por que não?
Por que não?

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Frase(s) do Dia


Algumas frases do romancista francês do século XIX, Honoré de Balzac:

"...Não tenhas medo, medo é algo que reprime até o amor, e faz errar. Medo é uma forma de defesa dos covardes. Covarde não é aquele que chora por amor, e sim aquele que não ama com medo de chorar."

"A infelicidade tem isso de bom: faz-nos conhecer os verdadeiros amigos."

"É mais fácil ser amante do que marido, pois é mais fácil dizer coisas bonitas de vez enquando, do que ser espirituoso dias e anos a fio..."

"Quanto mais criticamos menos amamos."

"O bom marido nunca deve ser o primeiro a adormecer à noite, nem o último a acordar pela manhã."

"Estamos habituados a julgar os outros por nós próprios, e se os absolvemos complacentemente dos nossos defeitos, condenamo-los com severidade por não terem as nossas qualidades."

"Da maciez de uma esponja molhada até à dureza de uma pedra-pomes, existem infinitas nuances. Eis o homem."

"O ódio, tal como o amor, alimenta-se com as menores coisas, tudo lhe cai bem. Assim como a pessoa amada não pode fazer nenhum mal, a pessoa odiada não pode fazer nenhum bem."

"Um amante revela a qualquer mulher tudo quanto o marido lhe oculta."

"Uma mulher nua seria menos perigosa do que é uma saia habilmente exibida, que cobre tudo e, ao mesmo tempo, deixa tudo à vista."

"O casamento deve combater incessantemente um monstro que devora tudo: o hábito."

"Não há dor que o sono não consiga vencer."

"É possível amar e não ser feliz, é possível ser feliz e não amar, mas amar e simultaneamente ser feliz, isso seria milagre."

"Deve-se deixar a vaidade aos que não têm outra coisa para exibir."

"As mulheres, como as crianças, acham que tudo lhes é devido."

"Não existem grandes talentos sem grande vontade."

"A necessidade é com frequência a espora do génio."

"Terrível condição do homem! Não há uma das suas felicidades que não provenha de uma ignorância qualquer."

"A igualdade pode ser um direito, mas não há poder sobre a Terra capaz de a tornar um fato."

"A liberdade leva à desordem, a desordem à repressão, e a repressão novamente à liberdade."

"O mundo, que não é causador de nenhum bem, é cúmplice de muitas infelicidades; depois, quando vê eclodir o mal que ele maternalmente chocou, renega-o e vinga-se."

"O homem não é bom nem mau, nasce com instintos e aptidões."

"O poder não consiste em bater muito ou muitas vezes, mas em acertar em cheio."

"A chave de todas as ciências é inegavelmente o ponto de interrogação."

"Todo aquele que contribui com uma pedra para a edificação das ideias, todo aquele que denuncia um abuso, todo aquele que marca os maus, para que não abusem, esse passa sempre por ser imoral."

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Música do Dia


"Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

Quero assitir ao Sol nascer
Ver as águas dos rios correr
Ouvir os pássaros cantar
Eu quero nascer, quero viver

Deixe-me ir, preciso andar
Vou por aí a procurar
Rir pra não chorar

Se alguém por mim perguntar
Diga que eu só vou voltar
Quando eu me encontrar"

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