quarta-feira, 5 de maio de 2004

Estrelas-do-mar


Cegos! Acham que são o filtro da alma, quando são apenas a alma. Acreditam fazer as coisas, mas as coisas é que os fazem. Não somos nosso raciocínio, somos nosso instinto. Nossa mente tenta explicar o coração, como palavras tentam dizer amor. Livros e fotos. Ganham vida na cabeça de quem os vê. Estrelas-do-mar no mato. Quando nasceram eram um coisa, agora são o que são onde estão. Na minha cabeça, ou na tua. Assim como essas palavras tentam explicar o que eu sinto, mas tu só entende o que tu sente. Até mais...

Manuela


Um dia ela voltou... Depois de tentar me lembrar de outro jeito, ela disse: "Tu queria ser astronauta!". Como pude me esquecer? Como ela pôde se lembrar? Olho para a lua e para o sol e não sei o que pensar. Tento achar alguma lógica, entender alguma coisa. Como quem olha para uma mulher e tenta entender porquê. Não há nada pra entender, eu só quero ir lá. Conhecer um novo mundo, um novo lugar para olhar pro mundo. Um ponto alto, que me permita ver o todo que não é todo. Saber um pouco mais para poder ir além. Ou seria só pra ficar sozinho e entender um pouco mais sobre mim? Sei lá, tanto faz. É tudo a mesma coisa. Eu ou eles, todo ou nada. Quero ir pro espaço, mas antes, voltar lá e entender porque eu disse pra ela que eu queria ser astronauta. Quero lembrar de mim. De dentro pra fora. Manuela.

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