terça-feira, 13 de maio de 2008

Revoluções


Esses dias eu estava assistindo a entrevista de um físico na UNITV. Apesar de ter me interessado pelas idéias dele, não consegui descobrir seu nome. Ele falava sobre a existência de três revoluções industriais (eu achava que só existia uma).
A Primeira Revolução Industrial aconteceu basicamente na Inglaterra com a invenção da máquina a vapor que substituía a força humana na realização de diversas tarefas como na extração de minérios, na indústria têxtil e na fabricação de vários outros bens que antes eram feitos a mão. Nos transportes, a escuna perdeu lugar para o navio a vapor e os vagões puxados por cavalos passaram a ser puxados por locomotivas a vapor.
A Segunda Revolução Industrial teve seu pricipal foco na Alemanha anterior à Primeira Guerra. Troxe o petróleo e a energia elétrica como novas fontes de energia para a operação de motores, iluminação das cidades e permitiu a comunicação instantânea entre pessoas.
Já a Terceira Revolução Industrial está recém começando a ter um impacto significativo nos dias de hoje, porém, sua base foi construída logo após a Segunda Guerra. Apesar de Albert Einstein certamente ser o físico mais famoso da história, poucos realmente sabem porque. Isso se deve às teorias desenvolvidas por ele e outros físicos de seu tempo que permitiram o surgimento de diversas formas de novas tecnologias. Robôs, computadores e softwares seguem utilizando a energia elétrica como fonte de energia, mas passaram a realizar uma atividade humana que outras máquinas nunca tinham feito. Programas modernos têm a capacidade de realizar operações conceituais, gerenciais e administrativas, além de participar do processo produtivo desde a extração da matéria prima até a distribuição do produto final.
Achei muito interessante essa análise, até porque, sempre me interesso por abordagens históricas. Mas foi outro ponto da entrevista que mais chamou minha atenção. Esse físico, após apresentar estes três períodos, explicou como existem momentos na história da humanidade onde acontecem revoluções. Em algumas situações elas surgem de uma descoberta inesperada, mas em outras são provenientes de uma necessidade, um momento de crise. A abordagem dele sobre o tema "crise" foi o que mais me despertou a reflexão.
Segundo ele, na China, a palavra crise é representada por um ideograma que, na verdade, é composto por outros dois ideogramas diferentes. Um deles significa risco. O outro significa oportunidade. Ou seja, para os chineses, a crise apresenta uma situação de risco, mas também uma oportunidade.
Não me vejo como uma tecnologia, nem como uma teoria científica, mas como qualquer pessoa, tenho meus momentos de crise. Acredito que hoje estou passando por um desses momentos. Poderia então pensar: que pena, que coisa ruim estar num momento de crise. Mas a vida está sempre nos ensinando novas coisas. Sei também, que assim como nos negócios, quanto maior o risco, maior a possibilidade de lucro. Sempre gostei de coisas difíceis. Então, viva a crise! Aproveite a crise! Até porque, não é só de risco que ela é feita. Existe também o outro lado, que acho que era exatamente o que eu estava precisando. Uma oportunidade.
Que venha a revolução!

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